quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A Máquina do Mundo Repensada

A Máquina do Mundo Repensada (2000) é o último livro publicado ainda em vida por Haroldo de Campos. Trata-se de um longo poema de 152 estrofes e uma coda de verso único, que declara, já em seu título, o diálogo com A Divina Comédia (Dante), Os Lusíadas (Camões), particularmente o Canto X, e “A máquina do mundo”, publicado em Claro Enigma (Drummond) no que se refere à representação poética da origem do Universo pelo tema da “máquina do mundo”. Para escrevê-lo, Haroldo recuperou do poeta lusitano a métrica dos versos decassílabos heróicos e se reapropriou do padrão estrófico usado por Dante na Divina Comédia, a terça rima. A Máquina do Mundo Repensada divide-se em três partes. No primeiro canto, o poeta configura uma espécie de histórico daqueles que, antes dele, representaram poeticamente o universo fazendo uso do tema da máquina do mundo. Já o segundo canto, organiza, a partir da explosão do big-bang e de conceitos da física e da astrofísica modernas, uma perspectiva cientificista, repassando as teorias que, de Copérnico e Galileu a Newton, Laplace, Einstein, Maxwell e Poincaré, tentam explicar a origem do universo. O terceiro canto configura a máquina do mundo de Haroldo e se fundamenta nas teorias discutidas anteriormente. No final do poema, Haroldo confessa: “cessa o excurso / e torno agora ao ponto em que parei – // nem ao antes pré-antes o percurso / nem à névoa que o após-do-fim esfria / me conduziu: estou qual no ante-curso // na véspera de entrar na estreita via”, o que mostra que o poeta não consegue ter certezas sobre a origem e a dinâmica do universo nem após o “excurso” e se move pelo “desejo de, na dúvida, explorar os possíveis que a hermenêutica do enigma oferece: não crendo, nem descrendo, mas duvidando e inquirindo, no sentido de buscar (até onde factível) o conhecimento” (CAMPOS, 2002).
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CAMPOS, H. A Máquina do Mundo Repensada. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.
______. De uma cosmopoesia: sobre a Máquina do Mundo Repensada. In: ______. Depoimentos de Oficina. São Paulo: Unimarco, 2002.
PIRES, A. A máquina do poema repensa a máquina do mundo. In: Maria Lúcia Outeiro Fernandes; Guacira Marcondes Machado Leite; Maria de Lourdes Ortiz Gandini Baldan. (Org.). Estrelas extremas: Ensaios sobre poesia e poetas. 1 ed. São Paulo/Araraquara: Cultura Acadêmica/Laboratório Editorial FCL/UNESP, 2006.
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Esse post é parte da minha análise do livro A Máquina do Mundo Repensada, do Haroldo de Campos, incluída na minha pesquisa Pibic/CNPq sobre "O discurso científico na obra do Haroldo de Campos". Entre dezembro/2006 e julho/2007, eu estudei poesia concreta, poema pós-utópico, uma série de textos sobre os livros A Máquina do Mundo Repensada e Galáxias e depois eu comentei com base nessas leituras o discurso científico presente na obra do Haroldo de Campos.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Seção Infantil

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_____o leite, de um(a) aluno(a) da 4ª série

ou a vida de carolina para rir da noção de tempo

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

A Corda

"As ilusões - me dizia meu amigo - "talvez sejam tantas quanto as relações dos homens entre si, ou dos homens com as coisas. E quando a desilusão desaparece, ou seja, quando enxergamos o ser ou o fato tal como existe fora de nós, experimentamos um sentimento estranho, complicado em parte pela surpresa agradável diante da novidade, diante do fato real". (...)
________pequenos poemas em prosa, baudelaire
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para não se iludir, é só não imaginar que; é simples

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

SINCERIDADE

eu não tenho sinceridade nenhuma que te dar se te falo adapto instintivamente frases a um sentido que me esqueço de ter [campos] os textos acontecem mais pra eu brincar com as verdades que eles aparentam representar do que pra procurar verdades que não são de quaisquer textos {}

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Seção Trash

THUNDERCATS - O EPISÓDIO QUE NINGUÉM VIU

Cheetara enlouquecida com a perda da sua vara gritava para o Lion, thunder thunder, thunder dick, para fazer a espada do nosso herói crescer e exterminar assim a gula implacável da chixoxona de Cheetara. Mas o oxigenado do Lion só pensava se teria que entregar o seu olho de Tandera para Mumm-Rá, que sussurrava nos ouvidos de Lion: Pelos espíritos do mal transforme esse pinto decadente em sua forma verdadeira: duro que ninguém possa rachAAArrr! AHhh Ahhh! Enquanto isso na toca dos gatos Snarfer lambia o seu Panthron e Wily-Kitt e Wily-Katt faziam troca-troca, um novo tipo de esconde esconde. Não muito longe da toca, Tygra brincava com suas bolinhas e ficava invisível caso o senhor Jaga aparecesse, pois o senhor Jaga adorava pegar nas bolinhas de Tygra.
______________vandia leal
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inspirado no Caderno Rosa de Lori Lamby, de Hilda Hilst