para relaxar

que a melhor parte é não entender qualquer palavra. tem mais aqui.

yael naim.

Seção Infantil

Durante o século XIX vivia uma família muito pobre e outra família rica, só que um dia muito estranho aconteceu uma [coisa] muita estranha as famílias ricas também ficaram pobres e ai eles passavam fome sem nada para comer e viviam procurando alimentos para comer, e então apareceu um passarinho azul, e eles diziam que passarinhos azuis davam sorte e então começaram a seguir o pássaro, e deram de encontro com a família que já era pobre, e então disseram que era para seguir o pássaro que iria dar sorte. Ficaram 3 dias atrás daquele pássaro até que o pássaro deixou eles em uma floresta cheio de alimentos, e então a família rica disse:
- Pra que dinheiro se podemos caçar, passear, e etc.
[raquel, 7ª A]

eu não quero caçar, passear, com esse sol. eu fico com o dinheiro.

intervalo

o que eu sei de ausências é que eu nunca consegui preencher

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ambigüidades

hoje eu me cansei de palavras com palavras e o que fica depois de um dia assim é uma necessidade de silêncio de poucas palavras e a noção de que eu não me encontro nas minhas palavras mas me confundo me perco me antecipo até que não quero mais saber de perguntas de respostas de hipóteses nem de palavras.

primeiro dia

é preciso não adiar o verbo porque uma hora o verbo não se aguenta e tem que ser dito e o atraso faz esgotar aos poucos a paciência

outubro

eu sigo mais cansada do que o meu corpo pode ou quase

errar

1. incorrer em erro, em engano; 2. deixar de acertar em; 3. andar sem rumo certo; vaguear, percorrer; 4. causar ofensa, injuriar; 5. fazer ou pensar algo que resulta em culpa. 6. difundir-se, espalhar-se.
eu preciso de erros. com acertos, há pouco movimento, o rumo é certo e não se tenta outros olhares, outros jeitos de agir. eu não me incomodo mais com os meus erros e com os dos outros. eu não lamento mais os meus erros e os dos outros. os erros não são uma ofensa, uma injúria, um crime, mas antes a possibilidade de um acerto, a procura de um acerto, mesmo que seja indefinito.

palavras

é preciso se divertir com as palavras que são ditas e que dissemos quase o tempo inteiro porque as palavras não são mais do que as palavras e hipóteses e ambigüidades e às vezes ânsias de vômito

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para ouvir.

transmissor

eu sei que faz tempo que eu não escrevia e faz tempo que eu não comento as minhas leituras e que eu tenho falado demais de música, mas eu tenho que compartilhar o meu mais novo vício, transmissor, uma banda de belo horizonte, com um som indie folkrock viciante, muito até. os músicos de belo horizonte me surpreendem mais e mais a cada dia, aliás. tem mais aqui. e aqui. divirtam-se. ah, a letra de dez segundos não fala do meu humor. faz tempo que eu não tenho dias assim. outras dicas de banda aqui.

máquina de limpeza

a poeira é uma presença, dizem. acredito. ontem, choveu. antes de chover, um vento. uma poeira. marrom, quase vermelha. no chão do quarto da sala da lavanderia da cozinha nas capas dos livros na televisão no sofá nas almofadas nos tapetes e nas vasilhas. a limpeza é um ideal, eu li. de pureza. ainda assim, fecho as janelas do quarto da sala do banheiro e da lavanderia. em dias empoeirados, finjo que eu não respiro a poeira, ou melhor, eu quase não respiro.