quarta-feira, 30 de abril de 2008

AMELY, UMA MULHER DE VERDADE

outro dia eu cliquei nos links dos bichinhos de jardim, da clara gomes e eu descobri as tirinhas Amely, da Pryscila Vieira, no blog dela, aqui. eu gostei dos desenhos e dos textos dela, são bem divertidos. hoje eu começo, sem pressa, a ler a série Amely, uma mulher de verdade. clica aqui, e vamos ler ao mesmo tempo.

TIRINHAS

clique na figura para ampliar


eu já gostava do pato talk show, do fofoquinhas. ele até já apareceu aqui. agora pouco eu fui ler bichinhos de jardim, da clara gomes, e como os bichinhos de jardim tão concorrendo ao Top 100 Webcomics, eu aproveitei e fui votar. de repente, eu vejo o pato do site pagando o pato, do Joatan Preis Dutra e eu gostei tanto do desenho que eu tive que olhar as tirinhas. "como se dar bem no big brother em 6 passos" foi uma das primeiras tirinhas que eu li e eu não consegui ler rápido de tanto que eu gargalhava e cada vez que eu leio eu dou risada de novo, com o texto e com os detalhes do desenho, como o tamanho do olho do pato, da faca e dos peitos da vaca e da galinha. that's all folks, por enquanto. eu não queria falar das tirinhas bichinhos do jardim e pagando o pato no blog antes de escrever sobre cada uma delas, mas com faculdade, com pesquisa e com sono atrasado faz tempo, eu não sei quando eu vou conseguir e eu queria compartilhar minhas leituras. assim que eu me organizar aqui, eu escrevo sobre essas tirinhas.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Seção Infantil

A família Silva morava numa casa humilde e tinha uma criação de gado e toda vez que iam comprar alguma coisa eles dizia:
- Troca essa vaca por 1 saco de arroz.
E assim foi naquela época trocavam-se alguma coisa em troca de outra. Ai o tempo foi passando fizeram o dinheiro.
[ana paula, 7ª A]

, quantos quilos tem esse saco de arroz? eu me pergunto

domingo, 27 de abril de 2008

INTERVALO

[jenny holzer] pausa de discursos para outros contornos

sexta-feira, 25 de abril de 2008

INTRANSITIVIDADE

[diálogo possível]

- eu me preocupo com você eu não consigo não me preocupar com os outros eu vou me preocupar com os outros até eu morrer blablablá
- azar o seu, tchau.

Seção Trash

J'etais à Paris. Je viens d'arriver. Je voyage à Paris tout tous les ans. Je suis allée à Tour Eiffel. L'anné prochaine, je connesserais le musée d'art contemporain. Je vais visiter autre ville de la France. Bientôt: je suis en train d'arriver chez moi. Eu estava em Paris. Eu acabo de chegar. Eu viajo a Paris todos os anos. Eu fui(?) a Torre Eiffel. O ano que vem, eu vou conhecer o museu de arte contemporânea. Eu vou visitar outras cidades da França. Até: eu estou indo pra minha casa.


eu me diverti com esse texto escrito por mim. e meu amigo riu da minha criatividade. pareceu que cada vez que eu viajo conheço apenas um lugar turístico de paris, mas ano que vem vou conhecer o museu de arte contemporânea e depois quero conhecer outros lugares da frança. eu não tenho certeza da minha tradução e eu não preciso comentar que não sei francês, socorro.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

INTRANSITIVIDADE

[diálogo possível]

- o que você quer de mim?
- eu não quero, tchau.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

MUNDINHO ANIMAL

em mundinho animal, uma série de tirinhas do arnaldo branco, os animais são retratados em casa, na cidade, no trabalho, na locadora, no cinema, no teatro, no museu, na televisão, em reuniões de trabalho, com os amigos, em bares, em shows, no computador, na internet, ou seja, sempre em lugares e em contextos humanos.

acompanhados (ou não) de outros animais, interagindo (ou não) com outros animais, o leitor se diverte com o registro do que os animais pensam e do que os animais conversam uns com os outros e os discursos verbais e não-verbais dos animais são os discursos humanos mais comuns, mais toscos e, também, mais absurdos.

se esse mundo animal é inho e se esse mundinho animal se aproxima tanto da realidade do homem, as tirinhas podem ser lidas como uma sátira e como uma paródia da nossa realidade. quanto mais próximos da realidade humana são os contextos em que os animais aparecem e quanto mais próximos dos nossos discursos estão os discursos desses animais, mais engraçadas as tirinhas ficam. o humor dessa série às vezes é negro, ácido. é um humor inteligente, e divertido, de tão crítico, e quando os diálogos não declaram a intenção do arnaldo branco de criticar alguma atitude ou algum discurso comuns no dia-a-dia, essa intenção é percebida por meio de algum detalhe dos desenhos, sempre muito coloridos e muito expressivos. mais tirinhas do mundinho animal aqui, e aqui.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Seção Infantil

Era uma vez uma minina chamada Branca de neve os cabelo preto bele branca como a neve carinhosa mais ela tem uma matrasda muito rui mas um dia a matrada falou o espelho
_ espelho, espelho meu de aquem mais bela doque eu ele falou
_ sim minha rainha quem é a Branca de Neve ela vicou tão nervosa que ela valou chama o caçador ele chegou e falou
_ o que você quer com mico rainha eu quero que você made a Braca de Neve ele voi atrás e achor a Braca de Neve e falor
_ fucha, fucha Por que a sua matrasda quer que eu de made ela saiu correno pera a floresta a dentro ela encontrou uma casa piquena esdava tão casada e voi turmi enconto dor mino a apareceu 7 anois e quando viu a Braca de Neve se asusdou Por que ela era muito grande então ela a cordor e valou:
_ a onde esdou você esdar na minha casa mais eu posso ficar um poco na sua casa eles falou
_ sim pode ficar percudou por que fuchiu de casa por que matrasda que ria mim mador
um serdo dia os anois foi trabalhar e a matrasda ficou sabelo que Branca de Neve não morreu e sintrovosmar numa Brucha e imvenenou uma maça voi atrais da Branca de Neve e a chou badeu na porda e Branca foi a dender o que você quer queria a vereser uma maça dabom obricado ela mordeu umbedaso da mansan e caiu os 7 anois esdava vontando para casa quando a cho a Branca caida eles falou
_ ela esta imvenenada um doanois a Branca deseacorda nos vamos cuidar dela e colocou ela no cachão quando o principe checou e beijou ela acordo e viverou feliz para sempre. [ana paula, 7ª série]

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esse texto é muito divertido, muito interessante, e a criança não é analfabeta, disléxica ou surda. ela já conhece o conjunto de letras do sistema ortográfico, mas ela ainda tem dificuldade de diferenciar os fonemas /b/ e /p/, /d/ e /t/, /v/ e /f/, /g/ e /c/, /m/ e /n/ e /s/ e /c/, o que se percebe pela leitura de palavras como "bele" (pele), "matrasda" (madrasta), "valou" (falou), "voi" (foi), "percudou" (perguntou), "imvenenada" (envenenada) e "serto" (certo), entre outras, o que seria natural se a aluna fosse criança e se encontrasse na fase de aquisição da escrita, quando ela não é capaz de articular todos os fonemas da língua e troca mesmo um fonema por outro, mas é preocupante na 7ª série. essa aluna provavelmente teve algum problema na fase de aquisição da escrita e ela ainda não entende que a ortografia é uma convenção social e não uma transcrição de sons, ou seja, que ela não pode escrever as palavras do jeito como ela fala ou do jeito como ela escuta. se o professor insiste em chamar a atenção da aluna para os sons das palavras sem comentar que a escrita não é uma transcrição de sons, ela vai escrever da maneira que ela escuta, como "minina" (menina), "piquena" (pequena), "a cho" (achou) "cachão" (caixão), "atrais" (atrás), "mansan" (maçã), "imvenenou" (envenenou) e "anois" (anões) e também da maneira que ela aprende na escola, como "atrás", "falou", "chegou", "branca", "trabalhar", "ficou", entre outras, no mesmo texto, às vezes na mesma frase, como "valou" e "falou", na 6ª linha do texto. outro aspecto interessante é o fato de a aluna usar palavras que ela já ouviu, mas não entendeu o sentido, como "com mico" (comigo), "sintrovosmar" (se transformou) e "deseacorda" (desacordada), além de ela ainda não dominar conjugação de verbos, "você esdar" (você está) e concordância verbal, "eles falou" (eles falaram), "foi trabalhar" (foram trabalhar).

LICENÇA POÉTICA

os textos são brincadeiras até quando sinceros de tão inconstantes desde quando eu percebi que os textos não são definitivos eu me divirto com os textos dos outros com os meus textos eu parei de me doer de textos com textos querer que os textos sejam verdades ou esperar que a partir de textos é uma piada que eu não consigo mais

quinta-feira, 17 de abril de 2008

máquina de limpeza

ela limpou o quarto o banheiro a sala a cozinha a lavanderia mas a mucosa do nariz continuava irritada de poeira de fungos de ácaros e talvez de baratas ela não tinha confirmado a presença das baratas na sua casa mas se confirmasse ela espirraria com toda a força o inseticida nas baratas até que a cor marrom quase preta das baratas ficasse branca e quando as baratas já não conseguissem se movimentar de tanto inseticida ela esmagaria uma a uma com seus pés até que escutasse apenas estalos de baratas no chão até que pudesse respirar de novo sem ódio e sem a presença das baratas

quarta-feira, 16 de abril de 2008

PROBABILIDADE

esperar. 1. estar ou ficar à espera (de); aguardar. 2. desejar, torcer para. 3. considerar (algo) como provável com base em indícios, supor, imaginar. //// esquecer. 1. perder a lembrança de;
não pensar em. 2. deixar escapar da memória; não se lembrar de.
3. descuidar-se de, relaxar com. 4. distrair-se de. 5. desaprender. esquecer é não se lembrar de esperar de desejar de imaginar
de considerar e desaprender de esperar de querer indícios ou de procurar indícios de antecipar e se distrair de uns poucos vazios

Seção Trash

eu me divertia com os diários do marcelo e da gyselle, mas desde que o BBB8 acabou, o diário do psi perdeu a graça e a gyselle não escreveu mais, ou seja, foi o fim das pérolas. a verdade é que eu parei de olhar se os ex-bbb8 ainda atualizavam os diários e agora eu descobri que a gyselle voltou a escrever e na hora eu fui feliz. antes do texto, 1 foto, aqui. gyselle, maquiada até a alma, com a síndrome da regina duarte, sorriso forçado, peitos de fora e cabelos loiros e lisos à la chapinha sula miranda. depois da foto, o texto.

Oi gente! Acabei de chegar de São Paulo e trago novidades! Estou de mudança para o Rio de Janeiro. Vou morar em Copacabana com meu namorado Alex Sayhi, que volta para o Brasil no próximo dia 22. Estou muito feliz com minha nova vida e quero compartilhar com vocês. Estou conhecendo tudo e adorando Copacabana, que é um bairro muito alegre e simples. Gostaria de agradecer o carinho de todos os meus fãs e de cada fã-clube. Não tenho palavras para agradecer o carinho de vocês. É muito bom saber que vocês estão torcendo pelas minhas conquistas! Beijos da cajuína. [gyselle]

uma decepção.
gyselle contratou um revisor de textos, ou um parente ajudou nesse dia. tenho cer-te-za. como assim em um dia eu não entendo parte do que ela diz e agora ela quer compartilhar a vida dela comigo?, não.

Seção Trash

E aí, galera, tudo bem? Anteontem eu fui para São José do Rio Preto participar de um desfile e foi muito legal. Cheguei de lancha no evento. Agora é correr atrás.Voltei a estudar teatro e interpretação para a televisão, pois decidi que eu vou lutar pelo que eu quero. Esse final de semana vai dar para descansar um pouco, pois Felipe vai levar alguns de nós para conhecer São Paulo. Ontem fui convidado para ir à Festa da Maserati e hoje é niver da Jaque Khury. Domingo tem mais evento, pois estarei no Stock Car. É isso aí, gente, espero continuar podendo passar sempre aqui para contar as novidades a todo mundo que me apóia. Valeu por tudo! Beijão [fernando]

o post de hoje é o diário do fernando, ex-participante do bbb8, na globo.com, ou seja, com o post de hoje eu quero avisar que 1) os ex-bbb8 ainda escrevem nos seus queridos diários e 2) a leitura dos diários de cada um deles ainda garante a diversão do dia. até agora, por exemplo, eu me pergunto de que evento o fernando participou em são josé do rio preto e como ele conseguiu chegar de lancha nesse evento, será que o evento foi na represa? na piscina do automóvel clube?, enfim, eu não consegui descobrir ainda onde pode ter sido mas querido, eu nem te apoio, sim? beijosvocênãoé1celebridadenão.

terça-feira, 15 de abril de 2008

TACHADO

tachado. 1. que se tachou. 2. acoimado de uma tacha, um defeito.
3. alvo de censura ou crítica. 4. riscado com um traço por cima das letras, ger. para indicar uma incorreção, censura ou exclusão.

1 recurso estilístico interessante que pode ser usado para incluir uma informação secundária e não apenas para indicar um termo incorreto, um termo impróprio ou um termo a ser excluído de 1 texto.
o que determina o sentido do tachado é o contexto em que esse recurso é utilizado e de que maneira esse recurso é utilizado.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

The People's Dictionary

The People's Dictionary é um dicionário de inglês online e colaborativo, ou seja, tem a finalidade de acompanhar e de registrar as mudanças na língua inglesa com a participação dos usuários. Assim como no Urban Dictionary, um dicionário online e colaborativo de gírias do inglês, qualquer usuário pode acessar o site e nele incluir uma palavra nova ou um outro significado a uma palavra que já existe na sua língua, exemplificando seu uso. A diferença entre esses dois dicionários é que o The People's Dictionary não só permite que os usuários marquem o seu nome quando incluem uma palavra nova ou um outro sentido a uma palavra já existente na sua língua e exemplifiquem, em seguida, o seu uso, mas que indiquem a região onde moram e em qual contexto o neologismo ou o sentido novo atribuído a uma palavra existente na língua podem ocorrer.
Pela primeira vez os falantes puderam participar da organização de um dicionário da sua língua, votar se gostaram [ou não] das palavras incluídas pelos outros falantes e acompanhar a atualização do seu conteúdo, pela nuvem de tags ou pelos feeds RSS. Além disso, com a criação do dicionário colaborativo, o dicionário deixa de registrar apenas as definições oficiais das palavras para registrar outras definições das palavras da língua, não-oficiais e comuns no dia-a-dia.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

máquina de limpeza

uma semana de rinite tosse garganta seca nariz entopido à noite de manhã à tarde uma coçeira no nariz nos olhos lenços de papel na mesa na sala na bolsa no bolso espirros espirros espirros tosse coçeira no nariz pensou em limpar a casa mais uma vez mas tinha limpado pouco antes e o pânico de imaginar que não era a casa a sala a mesa o quarto a varanda o banheiro o corredor a cozinha a lavanderia que estavam empoeirados mas [cada parte] do seu corpo

terça-feira, 8 de abril de 2008

PATACOADA]


A pata empata a pata
porque cada pata
tem um par de patas
e um par de patas
um par de pares de patas.
Agora, se se engata
pata a pata
cada pata
de um par de pares de patas,
a coisa nunca mais desata
e fica mais chata
do que pata de pata.
josé paulo paes

literatura não é só choramingos. 1 poema infantil, dos mais legais.
2 patas se empatam por cada pata ter 2 patas, 1 par de patas. 1 pata tem 1 par de patas. 2 pares de patas, 1 par de pares de patas. juntas, cada pata, 2 patas, 4 patas. patacoada joga com a repetição de palavras e com a aritmética de 1 jeito que é possível confundir as patas das patas com as patas e entender que a idéia de contar as patas das patas é chata, quando as patas das patas são chatas.
1 poema inteligente, divertido, quase 1 música. ao mesmo tempo.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

DISPARATE

eternidade. 1. característica, atributo, qualidade do que não tem início ou fim. 2. duração que não tem começo nem fim, que prescinde de qualquer determinação cronológica. uma não-palavra desde quando o que não tem começo não tem palavra. e quando eternidade é uma não-palavra eu pego certeza do começo e do ponto final e eu não fico doída com o ponto final eu não preciso me sentir culpada com o ponto final ou culpar alguém porque o ponto foi final

SARA, A SOFRIDA

SARA, A SOFRIDA, é uma série de tirinhas do André Dahmer que mostra os pensamentos de Sara, uma mulher mais amarga e mais insegura, sobre ela própria e os seus relacionamentos com os homens, desde um amigo gay até alguns ex-namorados. Sara é tão insegura que quando ela encontra Zé, um namorado, com uma cachorra, ela já acredita que ele gosta mais da cachorra do que dela; e tão masoquista que, quando ela imagina receber um elogio de Lilo, o amigo gay, ela adianta que ele é o único homem que mente ao seu favor e prefere acreditar que ele não está sendo sincero. Ela é feia. Ela é velha. Ela se ridiculariza. Ela se xinga. Quando ela se cansa, ela briga com ela mesma. Ou seja, ela sofre. Infelizmente, a Sara representa muitas mulheres. O discurso da Sara é o discurso das mulheres inseguras, amargas, pessimistas, que se diminuem porque não são uma capa de revista e porque não acreditam que um homem pode gostar de verdade delas. Essa série é divertida e muito interessante por brincar com o discurso de um tanto de mulheres e, mais, por ter sido pensada por um homem. O efeito de humor é provocado justamente pelo fato de o André Dahmer conhecer tão de perto o que esse tipo de mulher pensa e conversa e como esse tipo de mulher sofre por se machucar com os próprios textos. Para se divertir (ou não) com as outras tirinhas dessa série, clica aqui.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

PARADOXO

querer. 1. ter o desejo ou a intenção (de), projetar; 2. desejar com especial interesse, pretender; 3. ensaiar, tentar, procurar; 4. desejar; 5. ter simpatia, amizade ou afeto por. querer é procurar e procurar o que se quer procurar e ensaiar o encontro com o que se procura até depois de se divertir de se doer com uns tantos desencontros querer é um disparate eu não quero mais do que procurar o que eu procuro querer não é garantido querer não é definitivo e eu não quero mais