acabei de chegar em casa. não, não joguei fora os isqueiros, nem os maços (vazios) de cigarro, como disse que ia. não sei o que é cigarro desde o natal. e agora? e agora vejo, ao lado do som, aqui, perto do teclado em que digito esse texto, um maço de carlton, um de malboro e um isqueiro, o roxo, da clipper, que tem um formato diferente, um isqueiro típico de mulherzinha. quando abrir o guarda-roupa, depois de tomar banho com a esperança de que vou me distrair dessa vontade de fumar, vou encontrar outro isqueiro, o branco, que ganhei de presente outro dia. e vou lembrar de que parei de fumar. e vou querer fumar. amanhã, de novo, quando for ao bar. e depois de amanhã, quando eu voltar no bar. se esses maços não estivessem vazios, já teria fumado. precisava jogar fora os isqueiros.