neurose

fui atrás de informações sobre esportes e descobri uns blogs sobre emagrecimento. neles, as mulheres escrevem metas semanais ("comer 2 frutas todo dia", "tomar 2 litros de chá todo dia", "comer chocolate de vez em nunca") e descrevem o que comem. muita linhaça. muito suco natural. eu diria que a minha meta essa semana é repetir o croissant de chocolate, creme de avelã com cacau e queijo que fiz semana passada e no intervalo cozinhar o que tiver vontade. podia cortar açúcar por um ou dois meses e fingir que outros alimentos são nocivos ou não existem mas procuro mais e mais relacionar comida com prazer, com escolha e não com culpa, com calorias. é lógico que não faço torta de batata com queijo e croissant de chocolate todo dia (muito menos toda semana) e que procuro me alimentar bem, mas uma vida de linhaça, suco, frutas e legumes, apenas, é impossível. insuportável. tenho tido cada vez menos medo de perder o controle e de comer sem limite depois que parei de me proibir e percebi que comia o quanto queria mesmo. medo tenho é de me tirar o direito de comer o que tenho vontade, igual muita gente faz. talvez por imaginar que o dia que eu acordar e já saber que preciso tomar litros de chá, eu não vou querer levantar.

, mais comida.

minha última tentativa. adaptação de uma receita do jaimie oliver. 800g de batatas (mais ou menos 3 batatas grandes). 3 ovos caipiras. 200g de creme de leite azedo. 50g de st agur. 150g de mussarela. 1 pitada de sal. 1 pitada de noz moscada. depois de cozinhar e de amassar as batatas, eu misturei os ingredientes e joguei em uma vasilha untada com manteiga. na receita original, vai massa folhada, 150g de queijo e aspargo (em cima da massa de batata). o creme de leite azedo é feito assim. dessa vez eu não quis usar a massa folhada, que amanhã a noite vai virar croissant de queijo com chocolate. dessa vez não vou por fotos da receita, quem sabe em uma próxima. e a vida segue, com um pouco de esporte, por favor.

solidão

p: você é quase uma pessoa
ed: adoro encontrar pessoas e que elas se encontrem também.
p: pois é
ed: pois é pra você ver
p: e se não vir?
ed: me bateu uma curiosidade: você usa óculos?
p: sim
ed: a curiosidade matou o gato...
p: sempre mata
ed: sempre ou quase sempre?!
p: sempre
ed: sempre
p: e agora? voce vai se repetir?
ed: deve ser algum defeito aqui no chat. as suas mensagens às vezes estão chegando repetidas também!.
p: eu me repito demais
ed: demais!!!
p: mas eu não sou um robô
ed: jura? e eu nem desconfiei!

quando a lista do msn inteira estiver offline, clica aqui. é engraçado.

twitter

o twitter mais divertido que eu sigo. na minha opinião, claro. aqui.

eu duvido que alguém vá odiar.

INTERVALO

[phil elverum]

a quem quer que queira um pouco de surpresa. achei aqui.

do lugar onde estou já já eu vou embora

eu nunca me senti tão chata em toda a minha vida. eu não lembro quando foi a última vez que eu consegui uma conversa interessante (ou quase!) com as pessoas de quem eu sou mais próxima. eu me tornei essa pessoa com um repertório chatíssimo de elevador - como vai a sua vida?, o que tem feito? -, que depois de algumas frases não tem mais direito à resposta no msn ou é obrigada a mudar de assunto, mais elevador. falta de afinidade? excesso de intimidade? tudo junto? eu não sei: talvez se eu tivesse aventuras sexuais todos os fins de semana ou dor de corno ou mais do que reclamar eu teria mais o que falar com quem tenho contato. mas, ahn, eu não tenho.

e aí o azar é meu.

por tempo indeterminado

[pega leve, mano]

desde o início se sabia que esse blog era finito, porém, por um período indeterminado. logo, não será nenhuma surpresa que esse blog anuncie seu fim em breve. o clamor que surge é maior que as trombetas que derrubam os muros das cidades infiéis, o rio de lágrimas inunda mais que o interior do maranhão. contudo, ainda haverá um desfile do refinado humor que sempre caracterizou o blog, musseando o coração amargo e a existência rasa dos variados e únicos visitantes, que será como uma série de despedidas e homenagens. [t]

só quem já teve ressaca de cigarro de menta sabe que no dia seguinte o corpo não se aguenta e cada risada é preciosa. e eu me diverti com esse texto. eu só não sei se o meu coração é amargo e a minha existência, rasa. talvez sim. mas o que importa, afinal?

uma faca só lâmina

não é uma dor de ausência de resposta, eu consegui a resposta. é antes uma dor de dúvida dessa resposta. é a dor que consigo quando a resposta é insuficiente e não sei qual resposta é suficiente.

the brunettes

escute a música, veja o clipe. é ótimo.

o declínio do homem público

O que implica psicologicamente, para uma pessoa, ser capaz de reformular suas crenças? Pensar dialeticamente? Se uma crença tiver se tornado para o seu sujeito tão profunda e intensamente pessoal, se aquilo que uma pessoa crê chega a definir a sua identidade, então qualquer mudança na crença envolverá uma grande reviravolta no eu. Quanto mais pessoal e auto-envolvente for uma crença, portanto, menos possível de ser modificada ela será. [Sennett]

e é tão verdade. esse trecho explica o que eu fiz aqui (no blog). eu precisei, durante um tempo, brincar com o que sentia, com o que pensava. até conseguir rir um pouco. depois de um tempo, fica mais fácil. a descontração às vezes não é imediata, mas é mais rápida.

utopia

t: mas eu acho que no geral as pessoas estao contente com o país.
p: com o canadá, você diz?
p: eu estranhei. geralmente eles dificultam a entrada de imigrantes.
p: culpam os imigrantes pela falta de emprego, blábláblá
t: mas nao é o que soube.
t: isso direto de uma canadense.
p: que coisa.
t: canada nao é eua nem europa.
p: é muito frio lá. eu não iria, sei não.
p: prefiro a europa! tenho a minha utopia.

aula de geografia

t: no canadá, estão aceitando imigrantes.
p: ah é?
t: uhum.
t: tem de saber falar ingles ou frances (e vc sabe as duas) mais outras condicoes.
p: que interessante eim
p: mas estranho também
p: pq será?
t: pq eles tao sem gente.
t: geral ficando velho e trepando menos do q devia.
t: ou é a grande utopia terceiro mundista.
p: hahahahahahahahahahahahaha
p: como assim? terceiro mundo não existe!
t: tá, o que seja o brasil.